Ler e escrever é algo tão natural depois que se aprende que nem parece ter exigido todo um aprendizado anterior por parte de crianças, jovens e adultos. Mas é justamente nesse processo de assimilação do valor da leitura e da escrita no dia a dia por 700 mil estudantes em mil escolas públicas estaduais nos municípios paraenses que atuam profissionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Como exemplo de que estudar Língua Portuguesa (gramática, redação e literatura), deixou de ser um bicho papão na rede estadual, redações de alunos têm tido destaque em eventos de cunho pedagógico, além de boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E os alunos saúdam o 10 de Junho, Dia da Língua Portuguesa.
A partir de iniciativas pedagógicas e estratégias planejadas mobilizando gestores, professores e pedagogos, os processos seletivos da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade do Estado do Pará (UEPA), este ano, registraram que 60% das aprovações foram de estudantes de escolas públicas. Outra conquista dos estudantes da rede estadual se deu no recente concurso de redação da CBF sobre a Copa Norte de Futebol teve como vencedora a estudante Oziane Rebeca Miranda da Costa, 15 anos, da Escola Estadual Justo Chermont.
Identificação
É da própria Justo Chermont a orientadora da aluna Luana Monteiro da Silva, 12 anos, vencedora da redação do Ensino Fundamental no V Concurso de Redação do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) em parceria com a Seduc. No caso, a professora Josiana Rêgo Ferreira, que trabalha com os alunos “a leitura e a escrita junto e sua relação com a arte, com o teatro, com o lúdico”.
“Aí, eles passam a se identificar mais com a Língua Portuguesa, passam a entender que não são apenas regras gramaticais, saber falar direitinho; eles entendem que é também se expressar a alegria, a tristeza, defender o que pensa”, ressalta Josiana.
Talentos
O gosto pela leitura e escrita chega a locais longínquos no Estado, como a Comunidade Rio Quianduba, na região das ilhas no município de Abaetetuba. É lá que reside a primeira colocada no concurso de redação do Simineral, a estudante Alessandra Sousa da Costa, 15 anos, no 2º ano do Ensino Médio do Anexo Dionísio Hage da Escola Basílio de Carvalho II.
Filha de pai de lavrador, Alessandra contou ter descoberto a leitura na escola. “Os professores sempre nos orientaram sobre a leitura e pesquisa”, afirma a estudante. A mãe da jvoem, a costureira Antônia Costa, acompanhou a filha na premiação no concurso em Belém, na quarta-feira(8).
Na mesma escola de Alessandra estudam filhos de pescadores, peconheiros, agricultores e pescadores, básicamente. “Os estudantes se esforçam, acordam cedo paa toma o transporte escolar, para vencer distâncias, a fim de não faltar às aulas”, observa a diretora .
Impulso
As provas do Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SisPAE) em 2015, aplicadas para alunos do 4º e 5º anos, 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, indicaram: que no 4º ano do Ensino Fundamental, a média de proficiência em Língua Portuguesa aumentou 7,4% e em Matemática 4,8%. No Ensino Médio, os alunos do 2º ano tiveram aumento de desempenho de 0,8% e 3,5% em Matemática e Português, respectivamente. Apenas os alunos do 9º ano tiveram um recuo no rendimento de 0,26% em matemática.
“Os programas do Pacto pela Educação do Pará e a integração dos profissionais nas escolas têm contribuído com resultados positivos para a comunidade escolar”, afirmou o secretário adjunto da Seduc, Roberto Silva. Ele ressaltou que a participação dos estudantes na Feira Pan-Amazônica do Livro, organizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secut), é um incentivo valioso para estudantes descobrirem o significado da leitura e escrita.
Imaginação
Na Escola Estadual Dom Calábria, do Município de Marituba, a professora Bruna da Costa Luz trabalha “a redação, gramática e literatura, com ênfase em leitura e produção textual, através de projeto de leitura, pesquisas e seminários”. Resultado da iniciativa: um dos alunos orientados por Bruna, o estudante Carlos Eduardo Gomes, foi premiado no concurso de redação.
“Eu gosto de literatura. Descobri que é legal a gente ler quando fui ler um livro do Harry Potter e notei que o livro tem mais detalhes que o filme e faz a gente usa mais a imaginação”, declara Carlos Eduardo.
FONTE: www.seduc.pa.gov.br
Por Eduardo Rocha
Fotos: Eliseu Dias e Fernando Nobre
Ascom-Seduc
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